Filho do renomado ator Antônio Fagundes, compartilha dificuldades em encontrar novas oportunidades profissionais.

Bruno Fagundes e Antônio Fagundes |
Foto: Reprodução/Instagram

Bruno Fagundes, herdeiro de Antônio Fagundes, trilhou o mesmo caminho profissional que seu pai e também atua no ramo artístico, no entanto, ele enfatiza que o sucesso não vem automaticamente por ter um pai renomado na televisão. Aos 35 anos, o ator expressou sua frustração com a falta de oportunidades de trabalho, mesmo após o êxito de uma peça teatral, e destacou as dificuldades em conseguir novos projetos.

suas declarações

“Não realizei nenhum teste neste ano de 2024, acredita? Assim como 90% dos atores. Conversei com diversas pessoas, desde produtores até diretores de elenco, e a percepção é de que as coisas estão paradas. Por isso, não posso ser seletivo. Qualquer personagem é bem-vindo nesse momento. Não há distinção entre papéis grandes ou pequenos”, afirmou.

“É curioso como as pessoas presumem que eu escolho ou evito participar de novelas por ser filho de Fagundes, mas isso nunca foi verdade. São 16 anos de carreira. Muitos acreditam que faço parte do chamado ‘nepobaby’, porém essa não é a realidade”, declarou em entrevista à Folha de S. Paulo.

O último trabalho de Bruno na televisão foi na novela Cara e Coragem, no ano de 2022. Durante a mesma época em que estava atuando na TV aberta, ele tornou pública sua homossexualidade pela primeira vez e desde então não retornou às telas.

“Estou apenas vivendo minha vida e viver autenticamente não envolve manter uma imagem heteronormativa falsa. Se outras pessoas optam por não me escalar, esse é um problema delas, e, quiçá, um problema grave que precisa ser corrigido. Espero que a homofobia não tenha sido o motivo por trás dessa não escolha. Seria absurdo”, ponderou o ator ao refletir sobre essa possibilidade.

Apesar de ter revelado recentemente sua orientação sexual ao público, Bruno mencionou que assumiu ser gay para seus pais, Antônio Fagundes e Mara Carvalho, ainda na adolescência. Ele recorda que esse momento foi desafiador, mesmo com pais considerados abertos mentalmente.

“Naquela época, eu não tinha a maturidade emocional necessária, era jovem, com apenas 15 anos. Foi um período desconfortável, enquanto eu mesmo tentava compreender tudo. Passando por confusão, medo de rejeição, experimentei todos esses sentimentos comuns. Não foi uma jornada fácil, não houve uma aceitação imediata por parte deles, apesar de hoje em dia compreenderem e as feridas terem cicatrizado. Desde então, nossa relação evoluiu significativamente”, compartilhou.